Certificados energéticos voltam a cair

No primeiro trimestre de 2013, segundo dados da ADENE – Agência para a Energia, foram emitidos cerca de 16.600 registos através do Sistema de Certificação Energética (SCE), observando-se uma quebra de 28% face ao mesmo período de 2012.

não obstante a diminuição do dinamismo observada, em termos acumulados o sce contabilizou aproximadamente 577 mil certificados emitidos no período decorrente de junho de 2007 a março de 2013.

edifícios de serviços com maior diminuição

a classificação do desempenho energético do edificado nacional continua centrada nos prédios residenciais, que representam estruturalmente cerca de 90% dos registos emitidos. considerando apenas o primeiro trimestre de 2013, essa representatividade foi de 87%. tendo em consideração a variável em estudo, comparando com o mesmo período do ano passado, nos prédios residenciais registou-se um decréscimo de 27% em termos de volume face a 2012, e os edifícios de serviços registaram uma quebra de 32%.

crescimento nos ce-dcr nos três primeiros meses do ano

até ao final de março a relevância dos certificados energéticos emitidos após declaração de conformidade regulamentar (ce-dcr) sobre a totalidade dos certificados, no segmento residencial, registou um crescimento. em janeiro representaram 12,3%, tendo chegado aos 14,9% em março.

já nos serviços, a relevância dos ce-dcr na totalidade dos certificados teve um ligeiro decréscimo de janeiro (7,0%) para março (6,8%), observando-se uma redução na concretização de edifícios direccionados para o mencionado segmento.

entre junho de 2007 e março de 2013, em termos de estrutura de eficiência energética, as classes mais representativas no segmento residencial foram a classe c (25,1%) e a b (22,7%). nos serviços, a classe com maior número de ocorrências é a g (31%), muito devido ao peso dos pequenos edifícios de serviços sem sistema(s) de climatização no geral.

no segmento alargado dos ‘edifícios de serviços’ existem vários tipos de imóveis, sendo importante desagregá-los. tanto nos ‘grandes edifícios de serviços’, como nos ‘pequenos edifícios de serviços com sistema(s) de climatização’ a classe mais representativa é a b-, com 43,6% e 40,6% de ocorrências, respectivamente. nos ‘pequenos edifícios de serviços sem sistema de climatização a classe g domina, registando 35%.

lisboa continua a dominar o maior número de certificados

na análise por distritos, entre junho de 2007 e março de 2013, os centros urbanos de lisboa (26%), porto (16%), faro (11%), setúbal (10%) e braga (6%) representaram 69% dos certificados energéticos no segmento residencial a nível geral.

nos serviços, os mais representativos foram sensivelmente os mesmos: lisboa (29%), porto (18%), setúbal (9%), faro (7%), aveiro (5%) e braga (5%), com uma preponderância neste caso a rondar os 74% de certificados emitidos.

fonte: gabinete de estudos da apemip

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