na noite é hábito, após uma saída menos conseguida ou uma disposição alterada, usar esse tipo de terminologia, bem como quando a idade vai avançando e os gostos se vão alterando.
na minha opinião a noite já não é o que era porque o entretenimento mudou; os jovens que são quem mais sai querem outras coisas; a velocidade e o ritmo é diferente; os conceitos têm que ser mais mutáveis e diversificados. é por essa razão que vemos cada vez mais festas isoladas, cada vez mais eventos e festivais com ofertas extremamente abrangentes.
quem diria há 10 anos que as grandes marcas que patrocinavam grandes eventos e disponibilizavam budgets alargados para que discotecas construíssem programações fantásticas seriam elas próprias a produzir os seus próprios eventos, seguramente com um ‘arcaboiço’ financeiro difícil de suplantar? quem podia imaginar que os hotéis que até então alocavam os seus bares e salas de eventos a espaços menores apenas com o propósito de satisfazer os seus hóspedes iriam albergar os grandes projectos nocturnos tornando-se inclusivamente direccionados para os mesmos?
todos nós, que gostamos de sair, procuramos novas experiências e o que queremos é ser verdadeiramente surpreendidos. a partir do momento em que os clubes deixaram de o conseguir fazer virámo-nos para correntes mais alternativas talvez à procura que o desconhecido nos satisfaça.
queremos mais daquilo que nos faz transcender – o lançamento da festa de ritchie hawtin no verão passado com centenas de bóias à sua volta a passar música no meio do mar de ibiza é exemplo disso mesmo;mais recentemente o aero plane music event onde convidados fizeram uma viagem de loucura com os melhores dj a bordo de um avião durante 10 horas; ou a magia dos inikoko numa montanha africana com 500 convidados fazem-nos acreditar que este verão estará na linha da frente! l
sugestões :
l sunset ( jamie xx edit ) – xx
l what you’ve done ( original mix ) – martin ikin