Discriminação Positiva

Esta semana, acabado de chegar a Lisboa, fui convidado para tocar num dos Clubs da Moda deste Verão. Imbuído de variados tipos de sentimentos que me faziam regressar a um púlpito onde já fui muito feliz, decidi (após um delicioso jantar acompanhado por alguns dos meus melhores amigos) imprimir, através de sonoridades mais alternativas, alguma…

chegado ao espaço (já bem composto por sinal), percebi que o trabalho a que me propunha não seria tarefa fácil e, a cada música que o residente passava, mais dúvidas se abatiam sobre mim, a que se juntavam questões permanentes dos corajosos que me acompanhavam (’e agora o que vais fazer?’ ou ‘depois disto, ainda há espaço para mudares o estilo?’).

subi ao palanque e vi muitas caras conhecidas à minha frente, que fizeram questão de me cumprimentar e apoiar mal me viram na cabina. o momento era meu e tinha de ser eu próprio a escrever a história do que se passaria depois. com o casaco do meu herói de banda desenhada preferido (corto maltese ) percorri um caminho de sonoridades bem vasto, desde o funk ao house, do deep ao tech, e agradei surpreendentemente a alguns que não estavam à espera de ouvir tais iguarias.

não agradei a todos, sabia disso à partida, mas saí feliz, dando o meu objectivo como concretizado, sempre fiel aos meus princípios e convicções!

percebi nessa noite que continua a existir um fenómeno instaurado na sociedade: a ida à casa de banho das senhoras em duplas. não apenas à casa de banho, mas chegando ao ponto de entrarem duas a duas nos exíguos cubículos divididos. nunca percebi tal peregrinação, penso mesmo que não é para eu perceber. vejo, no entanto, o mesmo fenómeno a ser altamente recriminado quando a casa de banho é masculina. sem querer estar a discutir os propósitos ou intenções e se as mesmas são válidas ou não, diria que se trata de uma questão de discriminação positiva!

sugestões

l paper aeroplane ( original mix ) – francesco rossi

l milkshake ( original mix ) – sebb aston