de acordo com a resolução do conselho de ministros publicada hoje em diário da república, a força aérea não dispõe das 12 aeronaves que se comprometeu a vender à roménia e, por isso, o governo teve de dar luz verde para aquela compra extra. estes três aviões “serão posteriormente modernizados, usando a capacidade da indústria aeronáutica nacional”, de modo a estarem em iguais condições aos nove que já estão prontos para a venda e que foram actualizados com um mid life update, feito nas ogma.
a roménia vai pagar 186,2 milhões de euros pelas 12 aeronaves, que serão pagos em cinco anos. mas deste valor há que descontar o investimento que a força aérea irá fazer de 108,2 milhões de euros para comprar mais três aviões e suportar a equipa técnica que irá, durante dois anos, dar formação e treino a 75 técnicos romenos e nove pilotos.
portugal tinha comprado, em 1990, 20 f-16 aos eua e, em 1998, mais 25.
o mais curioso é que chegou a ser noticiado, na imprensa portuguesa e estrangeira, que a transacção custaria 628 milhões – um bónus que, a ser assim, ajudaria a consolidar as contas deficitárias do estado. tudo porque, há algumas semanas, o governo romeno anunciara a compra a portugal 12 aviões de combate f-16 por aquele valor – a notícia saiu primeiro na agência france presse, segundo replicada a partir daí.
acontece que aquele montante diz respeito ao investimento total que a roménia vai fazer para ter a capacidade de aviões caça e não se destina unicamente à compra dos 12 aviões portugueses. vai pagar programas como a formação de pilotos romenos, a construção de infra-estruturas, como pistas e hangares, etc.