Portugal é um dos líderes do triple play na UE

Portugal regista uma das taxas mais elevadas, entre os congéneres europeus, no que diz respeito à penetração de pacotes de serviços de telecomunicações. A conclusão vem de um estudo da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

segundo o documento, em março deste ano, o pacote de serviços mais requisitado era o triplo (televisão, internet e telefone fixo) com uma taxa de penetração de 29%. já a média europeia deste tipo de serviços era de 12%, quase três vezes menos.

por outro lado, o pacote duplo de telefone fixo e televisão tinha, em portugal, uma taxa de adesão de 10%, enquanto que a média europeia de adesão a estes dois serviços era de 14%.

aliás, o estudo divulgado esta semana revela ainda que quando comparadas as taxas de penetração dos pacotes de serviços em portugal e a média dos 27 países da união europeia, por cá esse número é de 49%, enquanto que a média dos 27 é de 45%.

preço dos pacotes desceu

no final de 2012, em portugal, seis em cada dez famílias dispunham de um pacote de serviços, de acordo com dados fornecidos à anacom pelos operadores. ainda no que refere a essa data, o serviço mais contratualizado dentro do pacote era o acesso à internet (com 87% dos acessos contratualizados num pacote de serviços), seguindo-se o telefone fixo (com 73%) e a televisão por subscrição (73%).

na mesma altura, os pacotes de serviços mais solicitados em portugal eram os triplos (73%), seguindo-se os duplos compostos por telefone fixo e televisão (18%) e os duplos compostos por telefone fixo e acesso à internet (6%).

o mesmo documento indica que o serviço menos valorizado dentro de todo o pacote é o telefone fixo. é que cerca de 13% dos inquiridos disse desistir do telefone em casa caso tivesse de adquirir este serviço isoladamente.

outra conclusão do estudo aponta para a descida dos preços médios dos pacotes entre 2009 e 2012. a crescente diversidade dos mesmos, o aumento da concorrência e o aumento da duração do período de fidelização (que passou de um para dois anos) podem estar na origem desta mudança.

joana.barros@sol.pt