ruptura total (breaking bad): amc, 2008
walter white é um professor de liceu de química que sofre de cancro e se torna um produtor e traficante de metanfetaminas cruel e implacável. começa por querer deixar a sua família com dinheiro antes de morrer e acaba com menos desculpas para cometer crimes em nome da família e da doença. argumento e actores brilhantes.
dexter: showtime, 2006-2013
dexter morgan é um serial killer com moral. este é o segredo de uma impossibilidade ética que torna um psicopata na criatura mais amada da televisão. teve duas temporadas de menor qualidade narrativa, mas que não nos impediram de estarmos sempre à espera de mais. estamos prestes a conhecer o fim da história. dexter merece ser castigado, mas a verdade é que ninguém quer. sugiro a introdução de um deus ex-machina que o leve são e salvo para um sítio em que seja preciso.
a guerra dos tronos (game of thrones): hbo, 2011-
baseada na obra ainda inacabada de george r.r. martin, é a história de sete famílias que lutam pela posse da terra imaginária de westeros. uma série com inúmeras personagens, contada com uma imprevisibilidade espantosa. com três temporadas, a guerra dos tronos estabeleceu a tradição de no nono episódio acontecer algo difícil de digerir, como matarem o nosso herói favorito ou toda a sua família. daenerys targaryen é um ícone feminista. é tudo mais fácil quando se tem três dragões.
justified: fx, 2010-
uma grande série de cowboys dos tempos modernos no sudeste americano profundo, violenta e de humor sarcástico, com personagens memoráveis, baseada na obra do escritor recentemente desaparecido elmore leonard. justified vive da relação de amizade e inimizade entre o marshall rayland givens, interpretado por timothy olyphant, e boyd crowder, um criminoso peculiar. é crucial não perder uma palavra dos diálogos.
louie: fx, 2010-
biografia ficcionada de louis c.k., actor, escritor e realizador e um dos humoristas mais inteligentes e, sem dúvida, o mais estóico da actualidade. não me fez ter saudades de calma, larry, de larry david, nem me fez pensar em nenhuma série de ricky gervais. mas isso deve ser porque não o suporto.
uma família muito moderna (modern family): abc, 2009-
elenco extraordinário, diálogos brilhantes. às vezes, é moralista, outras vezes só infantil, mas sempre hilariante. a maneira mais simples e agradável de aprender a lidar com a adopção de crianças por casais homossexuais e o casamento alegre e sexy entre homens mais velhos e boazonas colombianas.
rockfeller 30 (30 rock): nbc, 2006-2013
tina fey é a criadora e alma desta série que teve o seu fim na sétima temporada. 30 rock ressuscitou o surpreendente alec balwin, como boston legal fizera com william shatner. o humor de constante referência à televisão, ao cinema, à moda e à actualidade não é adequado a solipsistas.