Jardim ‘falha’ última semana de campanha eleitoral

Na Madeira, há quatro Câmaras que podem deixar de pertencer ao PSD: Santa Cruz, São Vicente, Porto Moniz e Porto Santo

serão as autárquicas mais disputadas de sempre na madeira. o psd-madeira arrisca perder para a oposição quatro das 11 câmaras da região e ‘governar’ sem maioria absoluta noutros concelhos.

as lutas internas no psd-madeira, sobretudo depois das eleições, em novembro de 2012, em que alberto joão jardim ganhou por uma ‘unha negra’ a liderança do partido a miguel albuquerque explicam o desgaste da ‘máquina’ laranja. os movimentos independentes também conquistaram espaço ao poderio social-democrata.

a estratégia autárquica não foi do agrado total de alberto joão jardim. o secretariado regional do partido optou por “convívios” locais em detrimento da ‘praia’ preferida de jardim que são os comícios e ‘banhos’ de multidão. à excepção do funchal, com um grande comício que teve lugar sexta-feira, 20 de setembro, jardim desdobrou-se em inaugurações, saídas das missas e “convívios”/mini comícios locais. na última semana de campanha, jardim vai estar fora da ilha e só regressa no dia 27 de setembro.

nas hostes social-democratas já se vaticina que uma eventual derrocada autárquica do psd obrigará à convocação de um congresso extraordinário onde miguel albuquerque se perfilha para a liderança do psd-m. a derrocada eleitoral poderá acontecer em concelhos e freguesias onde grupos de independentes vão a sufrágio. funchal, santa cruz, porto santo, são vicente e porto moniz são concelhos onde a oposição tem esperanças de quebrar a hegemonia do psd.

as autárquicas deste ano contam com um ingrediente novo. o ptp do ex-candidato à presidência da república, josé manuel coelho que acolheu nas suas listas militantes descontentes com o psd. não deverá ganhar eleições mas ‘roubará’ votos preciosos em alguns concelhos.

a estratégia do psd, pelo menos em concelhos onde enfrentará dificuldades foi não envolver demasiado na campanha as desgastadas figuras de proa para não afugentar o eleitorado. entre eles o presidente do partido, alberto joão jardim e o histórico secretário-geral, jaime ramos envolvido numa recente querela com o não menos histórico companheiro de partido e vice-presidente da assembleia regional, miguel de sousa.

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