segundo o ministro, essa violação do segredo de justiça “tem sérias repercussões nas relações ente estados” e criou, neste caso, “mal-estar diplomático”.
“é indubitável que isso criou um clima de crispação e trouxe problemas e crise às relações entre portugal e angola”, insistiu machete, que fez uma intervenção inicial em que abordou esta polémica, voltando novamente ao assunto na sequência de uma questão do ps.
a entrevista do ministro, contudo, “não faz nenhuma referência a violação do segredo de justiça de uma ponta à outra”, como lembrou pedro silva pereira, que voltou, em nome do ps, a pedir a demissão do ministro. “prestava um último serviço ao pais”, acrescentou.
no comunicado divulgado sexta-feira, na sequência da polémica desencadeada pela entrevista dada à rádio nacional de angola, rui machete não faz qualquer referência à violação do segredo de justiça.
rui machete disse ainda estar a ser vítima de “um assassinato político”, salvaguardando que a crítica, no entanto, não é dirigida ao ps.
na sua intervenção inicial, o ministro referiu-se ainda ao caso do bpn, em que omitiu em 2008 o facto de ter sido accionista da sln, detentora daquele banco. frisou que as suas acções representavam 0,01 por cento da estrutura accionista e que por isso entendia que isso não influenciava em nada a gestão da sociedade.
[última actualização às 17h19]