Edith Piaf, a cantora francesa de referência, morreu há 50 anos

Edith Piaf, ainda hoje a cantora francesa de referência, morreu há 50 anos, no sul de França, com uma hemorragia interna, depois de quase meio século de uma vida invulgar e intensa.

a 10 de outubro de 1963, aos 47 anos, piaf morreu de cancro no fígado, desgastada pelos vícios, as pesadas intervenções cirúrgicas e uma artrite reumatóide

foi-lhe recusado um funeral religioso, por ter casado uma segunda vez, mas são dezenas de milhares os fãs que acompanharam o caixão até ao cemitério père-lachaise, em paris, onde o seu túmulo continua a ser procurado pelos visitantes.

ela quebrou “todos os recordes: de sedução, de paixões, de sofrimentos, de loucuras, de deriva”, escreve robert belleret na sua recente biografia “piaf, um mythe français” (“piaf, um mito francês”), citada pela agência france presse.

edith giovanna gassion nasceu em paris a 19 de dezembro de 1915 e cativou o público devido à sua voz, mas também pela intensidade com que cantava cada música, sempre vestida de preto.

piaf foi a primeira artista francesa a conquistar a américa.

entre os seus maiores sucessos encontram-se as canções “la vie en rose”, “hymne à l’amour”, “milord” e “non, je ne regrette rien”, as duas primeiras escritas por ela, um talento pouco conhecido face ao génio que mostrava na interpretação.

piaf, que também participou em filmes e em peças teatrais, teve uma vida pessoal difícil, com a morte de uma filha com dois anos e o desaparecimento de um grande amor, o boxeur marcel cerdan, num desastre de avião.

há mais de 20 anos que “la vie en rose” integra a lista das dez canções francesas que geram a maior parte de direitos de autor a nível internacional.

em 2007 foi realizado um filme sobre a vida de edith piaf, que permitiu a marion cotillard, que a interpretou, ganhar o óscar de melhor atriz.

“ela tinha um magnetismo incrível”, disse à afp hugues vassal, de 80 anos, fotógrafo de edith piaf nos últimos seis anos de vida da cantora.

lusa/sol