desde que os originais convites começaram a chegar às mãos dos clientes habituais ou amigos das casas, que muitos outros procuraram por todos os meios conseguir o ‘passaporte’ para a referida festa. dizem-me que foram muitos os convites distribuídos, mas muitos mais voavam se tivessem sido disponibilizados.
o lux, e de certa forma o cais da pedra com os seus restaurantes e lojas, é uma das grandes referências da cidade. é lá que se cruzam culturas e hábitos diferentes e que fazem de lisboa uma capital com uma luz tão distinta. estrangeiros de várias proveniências sentem-se em casa e ‘enturmam-se’ uns com os outros e com os portugueses. também os nacionais de estratos sociais tão díspares convivem tranquilamente. e é esse um dos grandes segredos do sucesso. quem não se sente bem, acaba por se retirar. depois há a decoração, o serviço e a música – que tem melhorado muito nos últimos tempos, no que ao bar do primeiro andar diz respeito. a pista de baixo funciona praticamente como um clube de dança que tem cada vez mais adeptos. mas lisboa é uma cidade pequena e ainda não comporta três grandes noites por semana. daí que o espaço só esteja em grande aos fins-de-semana.há outras casas que funcionam bem quase todos os dias, mas a faixa etária é muito baixa e são só quase portugueses.
por várias vezes fiz a mesma pergunta a diferentes pessoas: «se tiveres amigos estrangeiros que te venham visitar, qual é a discoteca que o levas?». mesmo aqueles que não gostam da filosofia da casa, por não serem adeptos de música de dança, por exemplo, dizem logo lux.
o mentor do projecto, manuel reis, tem pois razões para sorrir. anda na noite há muitos anos e sempre procurou acrescentar qualidade aos seus projectos. a decoração é das mais arrojadas e por lá já passaram grandes nomes da música de dança. teve um dos melhores porteiros da noite, o célebre miguel, além de um programador musical com muito bom gosto: rui vargas.
como última nota: uma das principais figuras da cultura portuguesa passou por lá como segurança. parabéns pelos 15 anos.. l
vitor.rainho@sol.pt