o líder parlamentar do psd, luís montenegro, considerou esta “uma questão muito importante”. “o nosso desejo é que as relações com angola, do ponto de vista económico e cultural, sejam normais e carregadas de dinamismo de parte a parte”, afirmou aos jornalistas no parlamento, declarando-se preocupado. rejeitou, no entanto, que as palavras do presidente angolano tivessem sido uma reacção à polémica desencadeada com o pedido de desculpas do ministro dos negócios estrangeiros, rui machete, a angola por causa de investigações judiciais a figuras daquele país.
também o líder parlamentar do cds, nuno magalhães, confessou ter ficado “preocupado”. “creio que é possível reconstruir a ligação entre os dois estados. talvez agora se perceba o porquê da prudência do cds em não dizer nada que pudesse prejudicar as 10 mil empresas que exportam para angola e os 150 mil portugueses que ali vivem”, afirmou, acrescentando que “se portugal não ocupar um lugar privilegiado com angola, outros estados poderão ocupar esse lugar”.
o deputado de os verdes, josé luís ferreira, afirmou, por seu lado, ter assistido “com preocupação” às declarações do presidente angolano sobre o fim da parceria estratégica com portugal, lembrando que aquele país é “um parceiro importante para portugal”.
para o bloco de esquerda, portugal foi “desrespeitado” pelo presidente angolano. “quem não se dá ao respeito, não é respeitado”, disse o líder parlamentar, pedro filipe soares, pedindo novamente a demissão do ministro dos negócios estrangeiros, rui machete: “agora, o governo não tem razão nenhuma para manter este ministro”. recorde-se que machete justificou o seu pedido de desculpas a angola com a necessidade de melhorar as relações com aquele país que estavam “em crise”. “desastrosa actuação”, conclui pedro filipe soares.
o ps e o pcp remeteram para mais tarde qualquer comentário.