a primeira, conhecida mundialmente por maddie, de olhos claros e cabelo loiro, tem um inspector-chefe da polícia metropolitana de londres, ajudado por mais 37 elementos dessa força, a vasculhar tudo o que se passou no dia 3 de maio de 2007, na praia da luz. além dos inspectores e detectives ingleses, em portugal duas equipas da polícia judiciária procuram também reconstituir o fatídico dia para fornecerem novas pistas às autoridades inglesas. não desistindo de saber o que se passou com maddie – o caso foi arquivado pelas polícias portuguesas em julho de 2008 –, os ingleses passaram esta semana um documentário na bbc que recebeu centenas de respostas de telespectadores que terão estado no algarve naquela altura. revelando vários retratos-robô de homens que terão estado nas imediações da casa de onde maddie desapareceu, os responsáveis pela investigação ponderam agora ir à holanda e à alemanha, países onde o documentário também passou, pedir a colaboração da população. tudo para conseguirem chegar aos homens dos retratos-robô. há mesmo uma recompensa de 24 mil euros para quem tenha pistas sólidas.
recorde-se que quando maddie foi dada como desaparecida de um apartamento próximo da praia da luz, criou-se uma onde de solidariedade que levou inclusivamente os pais da criança a serem recebidos pelo papa de então. muitos milhares de euros foram disponibilizados para as sucessivas investigações. na altura, um dos inspectores da pj acusou os pais de estarem a esconder um hipotético acidente que teria provocado a morte à criança. agora o mundo é, e bem, acordado de novo para o caso.
quanto a sofia oliveira, foi raptada, há nove anos, pelo pai na localidade de câmara de lobos, na madeira (pág. 20). luís, que cumpriu quase seis anos de prisão, acabou de sair da cadeia e continua a dizer que jamais dirá onde está a criança. afirma que está bem, mas que levará o seu segredo para a cova. sofia tem ou tinha olhos castanhos. filha de pescador açoriano e de uma mulher modesta, não tem nem investigadores ingleses nem portugueses a tentar descobrir a sua sorte: se está viva ou morta. afinal, uma família pobre não dá audiências. l
vitor.rainho@sol.pt
