colecções recheadas de talento, novos valores a despontar, organização cada vez mais sólida e o espaço envolvente (paços do concelho e pátio da galé) digno de cenário de cinema, ou não estivéssemos nós na baixa pombalina da histórica lisboa.
contudo as imagens que me chegam (uma vez que não estou no país) mostram-me também uma tendência que se tem vindo a acentuar ano após ano. pegando na frase de uma amiga, «existe por aí muito boa gente que anda a confundir semana da moda com semana do carnaval». há quem confunda ser excêntrico com ser ridículo e faça de tudo (e tente dar ‘o tudo’) para chamar a atenção.
o importante para essas pessoas é comprar uns óculos de massa e umas calças de preferência só com uma perna, ou vestir uma camisa ao contrário e um laço cortado ao meio para se dizerem diferentes e poderem postar no facebook ou instagram a sua foto com o painel de imprensa do evento por trás, quais estrelas de cinema na passadeira vermelha de hollywood.
percebo que numa sociedade onde o ver e ser visto assume uma importância crucial, essa seja a razão principal de um acontecimento desta natureza, mas para esses gostaria de relembrar que moda é arte, dos estilistas aos cabeleireiros, dos modelos às referências, dos bloggers e imprensa aos que fazem parte de uma forma ou de outra, dos protagonistas mas também dos que vão para apreciar a imaginação, o trabalho e esforço dos nossos criadores. dos que respeitam a indústria e dos que fazem parte dela.
moda não é carnaval, não é circo, por muito que respeite todos esses conceitos e naturezas.
é importante salientar no entanto que, indiferente a essas ‘pessoinhas’, ela (modalisboa) lá vai fresca e airosa, revitalizada e cada vez mais ‘na moda’.
um dia gostava de ver este evento fazer uma grande homenagem a um dos ícones mais intemporais do nosso país. antónio variações daria pano para mangas… l
sugestões:
l my sister (original mix ) – weiss
l love inc (booka’s inc deep mix) – booka shade