devo dizer com franqueza que gosto de ler o rui tavares, na sua crónica habitual no jornal público. devo também acrescentar que me parece deveras impressionante que em portugal os novos partidos que aparecem sejam, de certa forma, partidos criados por elites – no sentido de pessoas que pensam, que já têm um lugar na cena política e que querem acrescentar ideias não necessariamente populares ao debate que corre.
acho, portanto, louvável a pretensão de rui tavares e seus colegas de se lançarem nesta aventura. o que me parece estranha é a premissa de que parte. de uma entrevista dele, há duas semanas, retive uma ideia. rui tavares não conseguiria votar ps, pcp nem bloco, mas desistiria de formar um partido se dois destes partidos se juntassem num projecto comum.
uma pergunta só: faz sentido mudar a esquerda sem ser por dentro de um dos três partidos que já existem?