falo naturalmente da música, de tudo aquilo que a rodeia, do mundo do espectáculo dos grandes músicos e artistas.
cabo verde, terra do funaná e da morna, já se sabia há muito que era um país de grandes talentos, onde nomes como cesária évora e tito paris elevaram o patamar para outro nível – sendo uma referência para novas estrelas como nelson freitas e a cantora lura.
angola, potência económica africana, é hoje em dia, fruto da aposta forte nos seus valores, um país com uma explosão musical acentuada, contando com inúmeros nomes de vários estilos, os quais, ao contrário do que acontecia antigamente, fazem grande sucesso em portugal. anselmo ralph enche pavilhões, yuri da cunha é partilhado em todo o facebook, c4 pedro não pára de passar na rádio e tantos outros que, fruto da evolução ao nível da produção e do investimento na qualidade, se revelaram enormes surpresas.
moçambique também aposta forte na música. as festas sucessivas que se agregaram ao mozambique fashion week são disso exemplo. país de grandes artistas, músicos de palco e senhores da passada e da marrabenta vão alimentando grandes espectáculos ao som de g4 ou neyma e vibrando com o fenómeno de dama do bling.
é com muita satisfação que vejo este crescimento e, sobretudo, o aproveitamento dos talentos em prol da própria língua portuguesa e da cultura lusófona vincada nestes países que têm, ao contrário do que alguns têm tentado fazer passar, muito mais a ganhar caminhando juntos que em separado.
portugal deve apoiar, dar palco e oportunidades a estes novos artistas e todos nós, nos jornais, rádios e televisões temos o dever de promover aquilo que não é nosso mas sim de um conjunto de países que têm em comum não só a língua, mas toda uma relação de proximidade que nos tornará certamente mais fortes, saibamos nós crescer em conjunto.
traduzindo um famoso provérbio africano: «se quiseres ir rápido vai sozinho, se quiseres ir longe vai acompanhado».
sugestões da semana:
lesbian bondage fiasco – aniki
maybe (alysha kid jackin 12′ mix) – asa