“o nosso sistema de pensões não é de capitalização. as pessoas não descontam para a sua pensão mas para as pensões que estão de momento em pagamento. é preciso explicar isto 1001 vezes porque é aqui que está o cerne do problema”, explicou. o vice-primeiro-ministro referiu-se, sobre este tema, aos idosos mais pobres que quer proteger mas também aos jovens a quem quer assegurar uma pensão dentro de décadas. “onde fica o princípio de confiança inter-geracional?”, questionou para, assim, justificar os cortes duros que este governo tem vindo a fazer.
“em tempos excepcionais, não há óptimos sociais, mas há fronteiras que definem atitudes”, afirmou o líder do cds e candidato único neste congresso, numa frase que aplica a todas as questões difíceis, desde o corte de pensões ao aumento de impostos. sobre isto, o célebre “enorme aumento” de impostos de vítor gaspar, justificou que “o aumento de irs não foi, nem podia ser a primeira opção” e que o governo foi para isso empurrado devido ao chumbo do tribunal constitucional ao corte dos subsídios de férias e de natal da função pública.
num momento do discurso a puxar mais pelos sentimentos dos congressistas, portas considerou que o cds é um partido “curtido na adversidade”. “a nossa gente resiste e aguenta. combate e consegue”, disse. e citou mesmo camilo castelo branco: “os dias prósperos não vêm por acaso. nascem de muita fadiga e intervalos de desalento”.