Moção de Passos acredita em 2015

Passos Coelho escreveu a moção que entregou na sexta na sede do PSD, formalizando a recandidatura ao cargo de presidente do partido, com a crescente convicção de que conseguirá ganhar as próximas legislativas.

se há alguns meses essa ambição era apenas uma miragem, hoje os dirigentes nacionais do partido estão mais optimistas quanto a uma vitória face a antónio josé seguro e a estratégia de coligações em matéria de legislativas é, por isso, prudente. e o que passos escreveu foi combinado com portas: a seu tempo a decisão será tomada, tendo em conta que o natural é cada partido concorrer sozinho – embora, por vezes, haja circunstâncias que determinem o contrário.

em contagem decrescente para a eleição directa do líder (dia 25) e para o congresso (que decorre em lisboa, entre 21 e 23 de fevereiro) os sociais-democratas animam-se com os dados sobre a economia.

a direcção do psd faz estudos de opinião de seis em seis meses e os últimos dados apontam para uma diferença pequena em relação ao ps, sendo que “o partido vale mais, neste momento, do que o líder antónio josé seguro”, explicou ao sol fonte social-democrata. nas autárquicas, o ps obteve apenas mais 70 mil votos do que o psd-cds.

o click, no entanto, reconhece um dirigente do psd só acontecerá quando as pessoas sentirem “no bolso” a melhoria das condições de vida e, para isso, é preciso folga financeira para que o orçamento de 2015 seja mais brando.

no congresso do cds sentiu-se o mesmo optimismo. telmo correia, discursando na apresentação da moção de portas, falou mesmo em paradoxo para vincar que “quanto melhor correrem as coisas, mais razões tem o cds para concorrer coligado com o psd” nas legislativas. “18 meses é uma eternidade em política”, acrescentaria nuno melo, horas depois.

helena.pereira@sol.pt