numa declaração de voto conjunta, a que o sol teve acesso, aqueles deputados (onde se incluem vice-presidentes da bancada) consideram que “o processo legislativo que estava em curso não devia ter sido interrompido e que um referendo sobre esta matéria, a ser apresentado, o devia ter sido quando a proposta do partido socialista que iniciou o referido processo legislativo foi apresentada”.
“o processo legislativo em curso devia ter sido concluído, o que teria constituído a forma mais correcta de actuar. os signatários desta declaração de voto bateram-se por essa mesma conclusão no plenário do grupo parlamentar, votaram, e perderam. democraticamente. continuarão, agora, a lutar por esta mesma causa em que acreditam, seja em referendo, no parlamento, ou em qualquer outro fórum de decisão da sociedade civil”, lê-se.
a declaração de voto é subscrita pelos deputados mónica ferro, miguel frasquilho, cristóvão norte, ângela guerra, maria paula cardoso, maria josé castelo branco, maria da conceição caldeira, ana oliveira e sérgio azevedo.
a co-adopção gay foi aprovada na generalidade em maio. depois disso, o deputado e líder da jsd, hugo soares, apresentou uma proposta no sentido de referendar esta questão. a votação teve lugar na sexta-feira, sendo que a direcção impôs disciplina de voto para garantir que esta proposta fosse aprovada. 13 deputados discordaram da disciplina de voto, na reunião do grupo parlamentar, incluindo estes subscritores da declaração de voto. apenas a deputada teresa leal coelho furou a disciplina de voto, optando por faltar à votação.