sempre detestei praxes e acho-as a força dos fracos. não consigo perceber como é que alguém sente prazer em fazer aos outros o que lhe fizeram e também não entendo como é que alguém se sujeita a ser humilhado para ser aceite em determinados grupos… mas isso é outra conversa. um amigo meu que anda na faculdade e é adepto das tunas, conta-me que nunca foi praxado de uma forma humilhante e que nunca o fez a ninguém na sua qualidade de veterano, apesar de só ter 21 anos.
é possível que algumas dessas praxes de que fala o meu amigo até sejam inofensivas e ‘integradoras’.
mas, nos últimos anos, vários casos foram relatados na comunicação dando conhecimento de verdadeiras atrocidades cometidas em algumas faculdades, que levaram alunos à morte ou lhes provocaram traumas para a vida. não percebo por que razão os reitores, juntamente com governantes ou com os grissom da vida, não conseguem combater esse flagelo da cobardia das capas negras que humilham e espezinham os novatos que se sentem impotentes para lutar contra tais energúmenos. é certo que alguns reitores já começaram a lutar contra a degradação humana, mas são poucos.
não faço ideia se a tragédia do meco, onde morreram seis estudantes levados por uma onda, foi provocada por alguma praxe miserável. é possível que sim, e, pelo que se lê e ouve, são muitos os estudantes da faculdade das vítimas que não aceitam falar por medo de represálias. não é sinistro?