“Ao abrigo dos Estatutos Regionais do Partido Social-Democrata da Madeira, nomeadamente os Artigos 12.º (n.º 1 e 3) e 21.º (n.º 3), os militantes abaixo assinados, solicitam a convocação de um Congresso Extraordinário Electivo, antecedido de eleições directas para a Comissão Política e Secretariado, em Junho de 2014”, revela o documento.
O Conselho Regional do PSD-M agendou um calendário que não agrada a Miguel Albuquerque: Eleições directas para 19 de Dezembro de 2014 e congresso do partido a 10 de Janeiro de 2015. Em Outubro de 2015 há eleições regionais.
Ora, Miguel Albuquerque, um dos três candidatos assumidos à sucessão de Alberto João Jardim propõe um congresso já em Junho de 2014. Qual é a pressa? O PSD perdeu para a oposição 7 das 11 Câmaras nas últimas eleições Autárquicas e “o partido precisa de nova imagem e novos protagonistas”.
Miguel Albuquerque é um quadro do PSD-M desde o tempo da JSD. Advogado de profissão assumiu a presidência da Câmara do Funchal em 1994 e só deixou em Outubro de 2013. Em Novembro de 2012 protagonizou uma disputa histórica na corrida à liderança do PSD-M. Perdeu por poucos votos para Alberto João Jardim que não perdoa a afronta.
É candidato assumido à liderança do partido à semelhança de Manuel António Correia e Sérgio Marques.
O dossier com as assinaturas de militantes a convocar a antecipação do congresso segue agora para as mãos do actual presidente do Conselho Regional do PSD-Madeira, João Cunha e Silva -também ele apontado como sucessor de Alberto João Jardim – a quem competirá convocar o Conselho Regional para apreciar a pretensão dos ‘albuquerquistas’.
Segundo o artigo 12.º dos estatutos do PSD-Madeira, é possível requerer um congresso extraordinário apenas por três vias: a pedido do Conselho Regional, a pedido da Comissão Política Regional ou a pedido de 300 militantes regionais.
Aos jornalistas, esta manhã, Miguel Albuquerque disse esperar que o Conselho Regional respeite a vontade manifestada por 640 militantes.