O custo da energia é um dos factores que limita a competitividade na Europa, face aos maiores rivais. Em relação aos EUA, a União Europeia paga o triplo pelo gás e o dobro pela electricidade que consome, exemplifica Paula Abreu Marques, chefe de unidade na Direcção-geral da Energia da CE.
A responsável refere que a opção pelas renováveis – tecnologias menos maduras e teoricamente mais dispendiosas – não sairá mais cara do que manter a opção dos combustíveis fósseis. O parque energético fóssil europeu precisa de renovação e, até 2030, estima-se que os preços internacionais subam com o aumento de 30% na procura dos combustíveis.
Bruxelas estima que, com cerca de um terço da sua energia vinda de fontes renováveis (sol, água ou vento), a UE poderá poupar 18 mil milhões de euros em gastos com combustíveis, reduzir 11% as importações e gastar menos 7 a 13 mil milhões de euros devido à menor diminuição da poluição do ar e gastos com a saúde. O investimento de quase 40 mil milhões de euros deverá ser igualmente benéfico para o crescimento da economia e do emprego nos Estados-membros.