Outro dado curioso é o fenómeno swag, retratado nas páginas desta revista, que também tem muitos adeptos. Seja pela música ou pela forma de se vestirem, é inquestionável que muitas pessoas se juntam em torno dessa tendência ou forma de levar a vida.
Não sou grande apreciador das duas correntes, embora não me sinta mal se alguns amigos quiserem passar por tais sítios. Nada como ver e tentar perceber aquilo que nos escapa. Curiosamente, os espaços mais em voga, no que ao hip hop e swag dizem respeito, apresentam um público diversificado e, essencialmente, universitário. Muita gente bonita e fresca e que gosta de se mexer com tais sonoridades. Alguns, homens, não prescindem do chapéu, dos ténis Jordan, além de calças largueironas como se escondessem alguma coisa entre as pernas e as calças. Gostam de gesticular com os dedos, de acompanhar as letras e de tentarem conquistar quem está na pista. Conhecem as músicas de cor e quase todos têm alguma sensibilidade para a dança. Digamos que estamos perante pequenas tribos que têm, na música e na forma de vestir, um clube onde se sentem bem. Na última noite de hip hop fiquei impressionado com a ‘atitude’ do porteiro. Sabendo que a enchente estava garantida, olhava para os clientes que chegavam como se estes estivessem nalgum hospital à espera do médico que lhes iria passar o remédio que lhes tiraria a dor. Nada de novo, apenas alguém que errou na profissão. Um porteiro só tem que dizer se as pessoas podem ou não entrar, com toda a educação. Era assim que funcionava o grande Miguel do Alcântara-Mar e do Lux, além de outros bons porteiros de Lisboa e arredores…