Segundo apurou o SOL junto do PSD-Porto, elementos desta estrutura concelhia não tencionam deixar passar em branco o que aconteceu no Verão. Consideram que Rangel é um dos responsáveis pela derrota estrondosa de Luís Filipe Menezes na Câmara de Gaia (ficou em terceiro lugar) por ter defendido em várias ocasiões que os autarcas com mais de três mandatos não podiam candidatar-se a outro município. O assunto só veio a ser dirimido (dando razão a Menezes) pelo Tribunal Constitucional dias antes do arranque da campanha oficial.
“É preciso desmontar a responsabilidade de Rangel pela derrota do PSD no Porto”, afirmou ao SOL fonte do PSD-Porto, acrescentando que parte do aparelho não aceitou bem que Rangel acabasse por “ser premiado com nova ida para a Europa”.
Sem falar nestas questões, a moção da distrital do Porto, a que o SOL teve acesso, intitulada Reafirmar a Social-Democracia, debruça-se sobre as funções do Estado dizendo que estas “só serão realizáveis se a despesa pública se contiver em limites de equilíbrio” e que o próprio Estado “nunca deverá ser uma entidade omnipresente” que retira espaço às forças sociais.