Amante de música desde tenra idade e com influências bem vastas que iam na altura desde Sublime a Smoke City, passando por David Bowie ou Counting Crows, comecei a desenvolver uma paixão séria que me viria a acompanhar até aos dias de hoje como o meu hobby de eleição.
Lembro-me que, na altura, para mim passar música era simplesmente pôr as músicas que as pessoas que frequentavam as minhas festas queriam ouvir, o que se tornou bem agradável, por sinal, uma vez que embora não soubesse misturar coisíssima alguma, conseguia pôr uma pista ao rubro.
Foi dessa forma bastante inconsciente até que após, uma actuação do DJ australiano Dirty South no BBC ter corrido inesperadamente mal, me pediram para subir à cabine e tentar dar a volta à situação. Correu bem e desde logo fui convidado para fazer a primeira parte de Bob Sinclar, que na altura era o DJ sensação.
Disseram me que quando eu tocasse iam estar 500 pessoas, era tranquilo, só depois começaria a chegar mais gente. Comecei ao fim da tarde, ainda o sol batia com força na praia de Carcavelos. Dessas 500 passámos para as 1000, e a multidão foi aumentando, aumentando até que acabei a tocar para 90 mil pessoas em cima de um palco gigantesco cheio de leds e com miúdas histéricas a berrar por mim e a pedirem-me autógrafos na primeira fila das barreiras.
Quando o promotor António Pereira me foi perguntar se estava nervoso, respondi-lhe que só queria era ficar ali para sempre. Tiveram de me arrancar do palco depois de me pedirem três vezes para sair.
Voltei a repetir a ‘brincadeira’ com David Guetta e Groove Armada. Agradeço a quem me deu a oportunidade. Foi das melhores experiências da minha vida.
Senti o que representa para alguns artistas o momento em que ‘perdem o palco’. Um vício…
Sugestões
Club:
Tabarin (Brno, República Checa)
Músicas:
Do It (Original Mix) – EdOne, Bodden
Reckless Ardor (Original Mix) – EDX