Depois de dois dias dedicados a profissionais e coleccionadores, a Arco abre hoje as portas ao público em geral e são esperados até domingo cerca de cem mil visitantes. Entre as 219 galerias presentes, há 13 portuguesas, que trazem trabalhos de artistas consagrados como Rui Chafes, José Pedro Croft, Paulo Nozolino e emergentes como Ana Santos, a quem foi recentemente atribuído o Prémio EDP Novos Artistas.
Como acontece de há três anos para cá, a secção Opening é dedicada a jovens galerias e a lisboeta Belo-Galsterer, inaugurada no final de 2012, é uma das presentes. Esta é a sua estreia em feiras de arte e, segundo Fernando Belo, não houve dúvidas em trazer a galeria até Madrid. «Há razões determinantes, como a proximidade e o número de artistas nacionais conhecidos em Espanha ser cada vez maior, alguns deles representados por nós como o Miguel Branco e o Pedro Calapez».
A par disso, comenta Belo, «há um mercado português que vem à Arco comprar». E, durante os dois dias dedicados a profissionais e convidados, confirmou-se a presença de vários coleccionadores nacionais. «Como Lisboa nunca conseguiu afirmar-se com um evento desta natureza, a Arco acaba por marcar a época e os coleccionadores organizam-se mental e financeiramente para vir aqui».
Além da Belo-Galsterer, estão presentes na Arco algumas das mais importantes galerias nacionais e duas delas – Filomena Soares e Graça Brandão – viram obras suas serem seleccionadas pelos curadores da Arco para eventual aquisição da própria Fundação Arco. A primeira, representada pela Filomena Soares, é uma trilogia de vídeos do artista colombiano Carlos Motta sobre a homossexualidade e a segunda, da Graça Brandão, uma escultura da dupla João Maria Gusmão e Pedro Paiva.
Um dos destaques da Arco é o programa especial Focus Finland, dedicado à Finlândia, o país convidado desta 33.ª edição. Segundo o director, Carlos Urroz, o país foi escolhido porque, além de novos e estimulantes artísticas, a Arco é, essencialmente, «uma feira cujo objectivo são as vendas» e há «cada vez mais coleccionadores finlandeses graças ao Museu Kiasma (em Helsínquia)».