Nesse dia, Passos está a tentar juntar todos os ex-presidentes do PSD, à semelhança do que fez Durão Barroso nos 30 anos do partido, em 2004. Nessa altura, Cavaco Silva (que não ocupava qualquer cargo político) participou no evento na sede partidária, na Rua de S. Caetano à Lapa (a fotografia de grupo foi entretanto emoldurada e afixada na parede). Desta vez, porém, por ser Presidente da República, Cavaco não vai querer envolver-se.
Os festejos dos 40 anos vão desenvolver-se até ao final do ano com sessões em todas as distritais.
O pontapé de saída para as comemorações é dado hoje à noite, na abertura do Congresso, no Coliseu dos Recreios em Lisboa. Passos Coelho anunciará, durante a sua intervenção, o nome de Pinto Balsemão. Vão ser exibidos dois vídeos que recordam a história do partido e alguns momentos importantes da política em que o PSD esteve envolvido nos últimos 40 anos de democracia e será inaugurada uma exposição com uma cronologia da vida do PSD.
Segundo fonte da direcção do PSD, o mote do Congresso será mesmo os 40 anos do partido e os 40 anos da democracia. «Vamos mostrar que também estivemos no 25 de Abril», refere um dirigente ao SOL.
Na moção de estratégia global que apresentou para a sua reeleição nas directas de Janeiro, Passos lembra que os sociais-democratas «bateram-se desde a primeira hora por uma democracia representativa, uma economia de mercado e uma sociedade livre».
Desde o 25 de Abril, Passos destacou o papel do PSD na adesão à UE, o aprofundamento das autonomias regionais e do poder local e o cavaquismo. Passos, que enquanto líder da JSD criticou várias vezes Cavaco (a relação distante dos dois tem origem nesse período), considera agora que aqueles 10 anos foram «um período de transformação e modernização das infra-estruturas e do tecido produtivo, de expansão do Estado social e de promoção da educação».