Os dados são da organização Human Rights Watch, aos quais se somam os da Amnistia Internacional: mais de 600 mortos desde o início do ano, indicava a instituição no final de Fevereiro. Outros cem nigerianos foram entretanto assassinados nos primeiros dias de Março.
Os mais recentes ataques do Boko Haram têm por alvo aldeias e cidades dos estados nordestinos de Borno, Yobe e Adamawa, maioritariamente muçulmanos. Com bombas e armas de fogo, centenas de rebeldes – que Washington categorizou de terroristas – têm arrasado escolas, estádios, mercados, casas, obrigando as populações a procurar refúgio no mato. Na mira dos islamistas estão civis cristãos, mas também muçulmanos, que os membros do Boko Haram consideram não seguirem a sharia.
O Governo declarou o estado de emergência nessa zona em Maio, mas as tropas do Presidente Goodluck Jonathan não têm sido eficazes em combate – havendo até relatos de que fogem perante a superioridade numérica e bélica dos islamistas.
No fim de Fevereiro, François Hollande visitou o país e, em Abuja, reiterou o apoio político – e, se necessário, armado – da França ao homólogo nigeriano: “O vosso combate é também o nosso”.