Desde que, no final da década de 1970, ainda antes de ser presidente do Governo Regional, criticou a “tropa efeminada”, Alberto João Jardim tem distribuído insultos a todos quantos o enfrentam. Aos jornalistas já chamou “bastardos” e os adversários políticos já foram classificados como “loucos”, “traidores”, “energúmenos” ou “pata rapadas”.
Na década de 1980, o Padre Martins Júnior (PS) terá sido agredido, por duas vezes, no interior do parlamento. O padre-deputado apresentou queixas, mas os processos avançaram pouco.
Na década de 1990, na discussão de um orçamento regional, Jardim chamou ‘fósforo queimado’ a Fernão Freitas (PS). Rita Pestana foi alvo de insultos do líder parlamentar do PSD-M.
Jaime Ramos (PSD) chamou, por várias vezes, ‘chulo da sociedade’ a Edgar Silva (PCP) e acusou-o de ‘roubar as igrejas’ e de não pagar impostos.
Em Dezembro de 2004, no debate do orçamento, Jacinto Serrão (PS) classificou uma intervenção de Jardim com uma tentativa de ‘adormecer rinocerontes’, o que motivou uma chuva de ‘bocas’ da bancada laranja. Serrão reagiu e escolheu Jaime Ramos como alvo: ‘Antes de vires para o poder andavas a vender sifões de retretes’. Ramos chamou-o ‘burro’ e muito mais.
Em 2006, o líder parlamentar social-democrata esteve perto de chegar a vias de facto com Bernardo Martins (PS), durante uma reunião.
Em Fevereiro de 2006, o PSD-M apresentou um requerimento exigindo uma avaliação psiquiátrica ao então deputado socialista João Carlos Gouveia, então líder do PS-M.
A partir de Junho de 2007, o Partido da Nova Democracia tem sido o principal protagonista dos episódios polémicos no parlamento. José Manuel Coelho, apresentou-se no plenário com um relógio de cozinha ao pescoço, para protestar pela redução de tempos de intervenção.
Em Novembro de 2008, verificou-se o caso mais polémico. O deputado do PND exibiu uma bandeira nazi que pretendeu entregar a Jaime Ramos. O PSD fez aprovar uma resolução em que defendia a sua expulsão do parlamento e o levantamento da imunidade parlamentar.
No dia seguinte, Coelho apresentou-se na ALM, acompanhado por Baltazar Aguiar, mas foi impedido de entrar por um dispositivo de segurança montado para o efeito. Baltazar Aguiar conseguiu entrar e dirigiu-se ao plenário das galerias, de onde foi retirado pela polícia. Queixa-se de ter sido agredido por um deputado do PSD. A suspensão de Coelho foi considerada ilegal e o deputado reintegrado.
Há diversos processos nos tribunais o último dos quais do actual deputado do PND, Hélder Spínola que suspendeu o mandato mas responder num processo contra o presidente do parlamento, Miguel Mendonça. Antes, em Abril de 2008, Jardim chamou ‘casa de loucos’ ao parlamento madeirense.
Nas festas do PSD, Alberto João Jardim já disse de tudo. Chamou ‘efeminadas’ às tropas portuguesas, ‘bandalhos’ aos socialistas (1992), ‘mafioso’ a Guterres, a quem prometeu um ‘pontapé no traseiro’ e denunciou os colaboracionistas madeirenses ‘gente sem calças e de rabo para o ar, virada para Lisboa’.
Contra Jardim poucas vozes e poucos episódios: Ouviu-se por populares, no Bairro da Nazaré, a 22 de Fevereiro de 2013: “Gatuno”, “Vai tapar o buraco!”. Ao que este respondeu: “Não vale a pena ladrar, porque ainda não aprenderam a ser cachorros”.
Mais recentemente, a 2 de Setembro de 2012, aconteceu, no Porto da Cruz, o episódio do homem, desempregado, que atirou um copo de cerveja a Jardim.