Na capital, que tem feito notícia por estar sufocada pela poluição – e se viu obrigada à circulação automóvel em dias alternados -, aposta-se forte na cartada da ecologia. As principais listas apresentaram projectos para tornar a cidade mais verde, mais jovem, mais saudável.
Desde fazer do Sena uma longa praia fluvial (PS) a criar uma cintura de parques à volta de Paris e reciclar estações de Metro em espaços desportivos, culturais, gastronómicos e de diversão nocturna (UMP) – até tirar os carros do centro e estabelecer um Central Park ao longo de 18 km do rio (Os Verdes).
Ecologia à parte, é expectável que na segunda volta (30 de Março) Anne Hidalgo se coligue com Os Verdes. A socialista, filha de imigrantes da Andaluzia, tem na abstenção e na desmotivação da esquerda, desiludida com as políticas do Presidente François Hollande, os maiores adversários.
Mas também não faltam as alfinetadas de campanha: Nathalie Kosciusko-Morizet reitera que Hidalgo, adjunta do presidente da Câmara, “nunca teve mandato nacional”. A socialista rotula a candidata da UMP de “pára-quedista” – e as sondagens não são favoráveis à direita.
Mais de 36.700 câmaras municipais vão a votos, com 926 mil inscritos nas listas eleitorais, dos quais cerca de 10 mil são lusodescendentes.