“O que aconteceu foi um erro, não devia ter acontecido”, afirmou Portas. “Não conheço qualquer documento. O grupo de trabalho não concluiu a sua tarefa. Não havendo proposta e documento, é evidente que o Governo não fez qualquer avaliação política e muito menos tomou qualquer decisão política”, concluiu Portas, em resposta a uma pergunta do líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, que dizia ainda não ter ouvido uma “única palavra” do vice-primeiro-ministro, que antes tinha como bandeira os pensionistas.
O BE insistiu e perguntou se os cortes nas pensões são afinal “excepcionais” ou “definitivos”, mas ficou sem resposta. Portas apenas frisou que as pensões mínimas, sociais e rurais deixaram de estar congeladas e acompanharam a inflação, “por decisão do governo, apesar da troika”.
Tal como o SOL noticiou ontem, o CDS ficou incomodado com esta falha de comunicação por parte do ministério das Finanças que apanhou de surpresa os restantes governantes.
A notícia de que a reforma das pensões deverá começar por cortes de curto prazo, em 2015, para substituir a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) saiu ontem em vários jornais. Estas notícias citavam “fonte oficial” do Ministério das Finanças e indicavam que a evolução das pensões estará indexada a indicadores económicos e demográficos. Contudo, o primeiro-ministro afirmou durante o dia de ontem que se tratavam de “especulações”.