O vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva apresenta na próxima quinta-feira, 10 de Abril, às 18 horas, a sua candidatura à liderança do PSD-Madeira.
Cunha e Silva é o 5.º candidato a entrar na corrida à liderança do partido depois das candidaturas de Miguel Albuquerque, Manuel António Correia, Sérgio Marques e Miguel de Sousa.
Apoiam a candidatura, entre outros, o ex-director regional do Ambiente e bastonário da Ordem dos Biólogos, Domingos Abreu; o actual deputado eleito pelo PSD-M ao parlamento Europeu, Nuno Teixeira; o ex-secretário regional da Educação e ex-director do BCP, na Madeira, Francisco Santos; a candidata proposta ao parlamento Europeu, Cláudia Monteiro de Aguiar; assim como ‘ex’ e actuais autarcas do PSD-M.
A candidatura de Cunha e Silva quer recentrar o partido nos valores social-democratas e não liberais ou neo-liberais; torná-lo ‘Inclusivo’ mas descentralizado; não “contra” Lisboa, mas a favor da Região; tornando a Madeira financeiramente auto-suficiente.
A candidatura pisca o olho à diáspora e tem propostas concretas para a Região em matéria de educação, ambiente, turismo, cultura, tecnologia, segurança, apostando no Centro Internacional de Negócios e na Inovação e a Ciência.
No início de 2007, Cunha e Silva, agora com 55 anos, disse que não estava na corrida da sucessão. Mas os tempos agora são outros. Em 2004 foi chamado para vice-presidente do Governo. Formado em Direito, foi advogado, é casado e pai de dois filhos.
Continua a ser lembrado como o ‘pai’ do Estatuto Político-administrativo da Madeira, documento elaborado quando ainda era vice-presidente da Assembleia Regional.
Cunha e Silva sempre foi um homem do partido. Desde quando acompanhava o pai, António Gil, já falecido. Foi líder da JSD, deputado na Assembleia da República e na Assembleia Legislativa.
Na vice-presidência do Governo Regional implementou o que designou de ciclo da qualidade de vida e Jardim chegou a qualificá-lo como mentor da ‘Madeira Contemporânea’. Nem sempre bem pois uma das soluções mais desastrosas dos últimos tempos, do ponto de vista financeiro, foram as famigeradas Sociedades de Desenvolvimento.
A 22 de Março último, o Conselho Regional do PSD-M, precisamente presidido por Cunha e Silva, reconfirmou o calendário do PSD-M para a saída de cena de Jardim: Eleições directas internas a 19 de Dezembro de 2014 e congresso a 10 de Janeiro de 2015. Em Outubro de 2015 há eleições regionais.
Mas ainda não é líquido que Jardim abandone o partido e o Governo. Em Abril de 2012, Jardim avisou: “Quem se atravessar no meu caminho vai ter de me enfrentar pessoalmente”.
Haverá uma suposta sondagem interna por parte do PSD-M que dá a Miguel Albuquerque 35% das intenções de voto dos militantes; 20% a Sérgio Marques; 20% a Manuel António Correia (lançado por Alberto João Jardim); 15% a Miguel de Sousa; e 10% a Cunha e Silva (antes de formalizar a candidatura).
Nas últimas Autárquicas de 29 de Setembro de 2013, o PSD-M perdeu para a oposição 7 das 11 Câmaras da Madeira. Das 54 freguesias, 22 são agora da oposição ou de movimentos independentes.
O próximo cenário eleitoral são as Europeias de 25 de Maio. PS-M e PSD-M têm candidatas em lugares elegíveis.