Extremistas raptam meninas

Os ataques dos extremistas islâmicos na Nigéria estão cada vez mais audazes – e mediáticos. Na segunda-feira, duas novas investidas atribuídas ao Boko Haram abanaram o país.

A primeira foi na capital Abuja, onde a explosão num concorrido terminal de autocarros matou mais de 70 pessoas e feriu para cima de 140. Os extremistas, que o Governo diz actuarem sobretudo no Nordeste islâmico, parecem desafiar as autoridades e alargar a sua zona de ataques.

Na noite de segunda para terça, dezenas de homens armados invadiram uma escola feminina em Chibok, no Nordeste, e raptaram dos dormitórios pelo menos cem alunas – embora tenha também sido avançado serem 200. Em camiões, sequestradores e vítimas seguiram para o mato, mas algumas conseguiram escapar. As jovens raptadas são escravizadas pelos extremistas.

Há três semanas que as escolas da região tinham sido encerradas, após uma escalada de ataques do Boko Haram (que significa ‘a educação ocidental é pecado’). Mas as alunas regressaram para fazerem os exames finais.

Só em 2014 o grupo extremista islâmico já foi responsabilizado por assassinar mais de 1.500 civis, em assaltos que incluem escolas, mesquitas, igrejas, aldeias.

ana.c.camara@sol.pt