“Esta é uma grande notícia e um grande passo na História da nossa Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que vai permitir alcançar maiores objectivos comuns a todos os empresários”, disse Salimo Abdula, presidente da CE-CPLP, em comunicado.
A representar a Guiné Equatorial estarão as Câmaras Oficiais de Comércio, Agrícola e Florestal de Bioko e Rio Muni, tornando-se assim o nono país a estar na CE-CPLP, depois de Angola, Brasil, Cabo Verde, Portugal, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A aprovação formal desta adesão decorrerá a 4 de Junho, na reunião da direcção da CE-CPLP, em Lisboa.
Em comunicado, o Secretariado Geral da CE-CPLP lembra que está “pendente” o pedido de adesão da Guiné Equatorial à CPLP e que deverá ser aprovado em Julho. A entrada deste país tem gerado polémica com muitos activistas dos direitos humanos a criticarem o regime de Teodoro Obiang.
Ainda no início desta semana, o Secretário-Geral da Amnistia Internacional, Salil Shett, esteve em Lisboa e acusou Portugal de manter um “silêncio ensurdecedor” sobre a situação dos direitos humanos em países como a Guiné Equatorial ou Angola.
Vários são os políticos portugueses que já se manifestaram contra a adesão da Guiné Equatorial à CPLP, como os socialistas Manuel Alegre, Ferro Rodrigues e João Soares e o coordenador do BE, João Semedo. Contudo, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, já afirmou que se sente “à vontade” com esta adesão. Rui Machete e os homólogos dos outros sete membros da organização propuseram, no final de Fevereiro, a adesão da Guiné Equatorial para a Cimeira de Díli, a realizar em Julho.
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