“Cometi um erro terrível e estou aqui para pedir desculpa”, afirmou Sterling. “Não sou racista”, disse no programa de Anderson Cooper, justificando com ciúmes os comentários vindos a público. Sterling tinha sido escutado a pedir à namorada para não tirar fotografias com negros nem trazer amigos afro-americanos para os jogos dos LA Clippers. As afirmações foram feitas durante um telefonema privado, no âmbito de uma discussão conjugal, mas foram posteriormente tornadas públicas.
O caso gerou enorme polémica nos Estados Unidos e levou à expulsão perpétua de Sterling da NBA, depois de várias figuras ligadas à competição exigirem o seu afastamento. Incluindo a lenda dos LA Lakers, Magic Johnson. “Quando lhe foi diagnosticada a sida, fui à minha sinagoga e rezei por ele, esperei que pudesse viver e com saúde. Não o critiquei, podia tê-lo feito. Ele é um exemplo para as crianças? Acho que não é”, disse Donal Sterling a Anderson Cooper.
E no meio dos ataque, Sterling voltou a apontar o dedo à comunidade afro-americana. “Os judeus quando são bem sucedidos ajudam a sua comunidade. E alguns afro-americanos – talvez me vá meter em problemas outra vez – não ajudam ninguém. O que fez Magic Johnson pelo hospital das crianças? O que fez ele por algum hospital? O que fez ele por algum grupo?”, questionou.
No Twitter, Magic tentou colocar um ponto final no seu envolvimento na história, anunciando que “depois desta semana, não há mais conversas sobre Donald. Apenas os playoff da NBA”. Mas o célebre 32 da camisola amarela dos Lakers tem presença agendada para a edição de hoje do mesmo programa da CNN.
Já o responsável máximo da NBA, Adam Silver, veio a público defender Magic. Silver diz ter-se sentido “obrigado em nome da família da NBA a pedir-lhe desculpa por continuar a ser arrastado para esta situação e ofendido por um ataque tão malicioso e pessoal”. O comissário da liga de basquetebol americano confirmou ainda que a NBA “continua o processo de remover o Sr. Sterling o mais rapidamente possível”.