Esta nova estratégia evidencia-se na carta rogatória enviada pelo Brasil para o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, que interrogará Duarte Lima no próximo dia 16. O tribunal de Saquarema (a 100 km do Rio de Janeiro), onde Rosalina apareceu morta, em Dezembro de 2009, está a realizar a instrução do processo e pediu à justiça portuguesa que confronte o advogado com 73 perguntas: 46 do Ministério Público, que acusa Lima de homicídio qualificado, e 27 dos seus advogados.
Entre as questões feitas pela defesa de Duarte Lima, surge a seguinte: terá ele, por razões que se prendam com o ruído ou com as circunstâncias apressadas em que se deu o encontro, ter trocado o nome de Gisele por Michele? E a sua cliente já lhe teria falado daquela mulher?
'Confundiu uma moça de 25 com uma mulher de 50?'
Aurílio Nascimento, o comissário da brigada de homicídios que conduziu a investigação, confrontado agora pelo SOL com a pergunta da defesa sobre a hipotética troca dos nomes, não contém o riso: “Se o senhor Duarte Lima responder que pode ter confundido o nome Michele com Gisele, terá também de admitir que confundiu uma moça de 25 anos com uma mulher de 50. Isso é, na verdade, uma tentativa desesperada e infantil de criar dúvidas, até porque já no início da investigação Michele não só prestou todos os esclarecimentos, como também foi investigada”.