Vestidos de casamentos

Acha que posso levar um vestido comprido a um casamento de uma amiga, ou vai parecer mal? Leonor Coutinho

Presumo que a leitora se refere a um casamento em que o convite não refere especificamente o traje. Porque, se o refere, devemos cingir-nos ao que é pedido. Normalmente, pedem-se fraques de manhã aos homens, e chapéus às mulheres. Mas se o convite o especificar, pode ser a outras horas. O duque de Bragança casou-se às 5 da tarde, e pediu no convite fraque aos homens – e passou esse a ser o traje indicado.

Quando os convites são escritos e formais, e não especificam o traje (falha indesculpável, mas cada vez mais normal), seguem-se os cânones clássicos. De manhã, fraque nos homens e chapéu nas mulheres. Durante o dia, sobretudo de manhã, não se deve então ir de comprido: pode ser vestido mais curto, ou saia e casaco. À noite (hora dos casamentos espanhóis, mas não dos portugueses), já se admite o vestido comprido. No entanto, dizem os estilistas, não deve ser até ao chão, nem com cauda, pois deixa-se isso para a noiva. Como não deve ser preto (muito pequeno-burguês) nem branco (noiva).

Se a leitora é nova, e elegante por natureza, ouse à vontade, porque qualquer regra funciona – e deslumbrará sempre. Mas se não for assim, cinja-se às regras e procure ir adequada, para se sentir elegante.
Como diz a princesa Alexandra Borghese, «a verdadeira elegância ultrapassa as estações e as colecções de moda, é imediatamente reconhecida». Há pessoas a quem tudo fica bem, e que podem criar moda. O problema é os outros.