Em conferência de imprensa, o director da AIF, René Bruelhart, transmitiu pelo segundo ano consecutivo aos jornalistas os principais dados do "relatório anual sobre a actividade de informação e vigilância para a prevenção e luta contra 'lavagem' (de dinheiro) e financiamento do terrorismo".
O número de denúncias passou de uma em 2011 para seis em 2012 e 202 em 2013. "Isso não significa que tenham sido cometidas mais infracções, significa apenas que o sistema de sinalização funcionou e funciona. A tomada de consciência foi bem maior", sublinhou.
"Uma suspeita não é uma prova, é uma distinção muito importante. Uma suspeita é registada assim que alguns indicadores mostrem que dada transacção não foi plenamente conforme" às normas internacionais, disse Bruelhart.
O responsável atribuiu este número elevado ao novo sistema de controlo mais rigoroso e eficaz, em vigor no Instituto para as Obras Religiosas (IOR), conhecido como "banco" do Vaticano, e também a uma maior "cooperação internacional possível devido a uma série de acordos bilaterais".
O IOR gere contas bancárias de departamentos e funcionários do Vaticano, ordens religiosas e diplomatas da Santa Sé, tendo lançado uma série de reformas para aumentar a transparência, ao mesmo tempo que encerrou contas suspeitas.
Uma nova lei adoptada no outono do ano passado pelo Vaticano reforçou as competências da AIF, depois da nomeação de Bruelhart, em 2012.
Lusa/SOL