"As perspectivas macroeconómicas de África continuam favoráveis. Em 2013, África manteve uma taxa de crescimento média de 4%, o que compara com os 3% da economia global e sublinha a resiliência do continente aos ventos globais e regionais", escreve a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no relatório sobre as Perspectivas Económicas Africanas (African Economic Outlook – AEO, no original em inglês), hoje divulgado em Paris.
O crescimento, no entanto, não é uniforme, e varia não só entre países, mas também entre regiões: excluindo a África do Sul, o crescimento da África subsariana, onde se incluem os países lusófonos, foi de 6,1% no ano passado e deverá chegar aos 6,8% este ano, apesar das dificuldades que subsistem no que diz respeito ao desenvolvimento das condições humanas.
"As condições de desenvolvimento humano em África estão a melhorar, no geral, mas há um número de países que continuam atrasados. A pobreza está gradualmente a diminuir, enquanto a Educação e a Saúde estão a melhorar, mas lamentavelmente, a exclusão persiste, resultando num acesso desigual às oportunidades económicas e sociais, o que mina os esforços para melhorar as condições de vida dos africanos e interfere com os direitos humanos", consideram os peritos da OCDE.
Com um dossiê especial sobre a cadeia de valor global, e como o continente pode aproveitar as mais-valias introduzidas na exportação de produtos, nomeadamente matérias-primas, o relatório da OCDE afirma ainda que "desde 2010, África tem testemunhado um número crescente de eleições livres e justas", e acrescenta que "a tendência deve continuar", lembrando que "cerca de 600 milhões de africanos devem eleger em 2014 e 2015 os seus líderes".
Lusa/SOL