Percepção do tempo pode ajudar a perceber melhor o autismo

Estudo de investigadora da Universidade do Minho distinguido pela Associação Americana de Psicologia pode ajudar a perceber melhor o autismo.

À partida parece insólita, mas a conclusão é mesmo esta: os pombos têm uma percepção do tempo muito semelhante à nossa. Mas a esta premissa a bióloga Ana Catarina Castro, da Universidade do Minho, juntou a verdadeira intenção do estudo – a percepção do tempo destes animais permite outros voos: «Assim, sabendo nós mais sobre os animais, ficaremos a saber mais sobre as mesmas competências em humanos e, nesse sentido, os resultados destas experiências constituem um passo importante na busca pela compreensão da globalidade dos mecanismos de percepção temporal», explica a investigadora.

E a compreensão dos mecanismos de percepção temporal poderá ter implicações no estudo de problemas como o autismo, a hiperactividade e até a esquizofrenia. O trabalho foi distinguido como a melhor tese de doutoramento em Psicologia Básica de 2014 pela Associação Americana de Psicologia. 

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