Fernando Seara começou a apresentação da sua candidatura à Liga de Clubes assumindo-se como um “espectador atento do desporto em geral e do futebol em particular”. Depois expôs os seus objectivos imediatos, como estar na “hora de unir e credibilizar a Liga” e “ligar o futebol em Portugal” – por isso sou “candidato à presidência da Liga”. E falou da sua experiência.
Mostrou-se optimista, também. “Não acho que esteja tudo mal, longe disso”, atirou. “Se os dirigentes fossem tão maus como dizem, o futebol português não estaria na quarta posição do ranking…”.
E fez um elogio aos dirigentes. “Fazem milagres com os poucos recursos que têm”. E disse não ser um mal-dizente. “Chegar e dizer mal de tudo n faz parte do meu ADN”.
“Que características tenho eu?”, perguntou. “Uma disponibilidade altíssima para unir, características de história de vida que falam por mim”. Entre várias propostas, diz ir aumentar as receitas dos clubes, incluindo um mínimo anual de 500 mil euros para os emblemas da II Liga.
E apresentou dez ideias para mudar o futebol português.
1. Comprometo-me a promover uma inédita revisão estatutária que promova a participação dos cubes da I e da II Liga;
2. na revisão deve constar uma organização a que os clubes prestem contas;
3. reunir uma comissão de remunerações para reformar a política salarial da Liga (não concebo que os clubes não sejam maioritários nessa comissão);
4. garantir no mandato um rendimento mínimo anual de 500 mil euros a cada clube da II Liga;
5. antecipar o horário dos jogos; assegurar a entrada de novos patrocinadores;
6. Levar a quem for preciso um pacote fiscal para ser aprovado – compromisso sério a encarar sem complexos;
7. Fechar o preço das colectas com a Federação (quem está na FPF conhece-me sabe com que o conta e o que não conta de mim);
8. Olhar para a Taça da Liga de forma imediata (a Taça da Liga nasceu de um compromisso com a TV, reavaliar a Taça da Liga);
9. Auditoria das contas da Liga;
10. Centralização dos direitos de televisão.
SOL
