"O dispositivo vai incluir mais de oito mil agentes, guardas de fronteiras e corpos especiais", indicou à agência noticiosa espanhola EFE o porta-voz da polícia.
Miki Rosenfeld acrescentou que helicópteros vão sobrevoar a cidade e os serviços de informações estarão instalados num centro especial no centro histórico de Jerusalém, onde mais de 320 câmaras de vigilância vão acompanhar a movimentação da comitiva papal.
A polícia israelita vai também escoltar o papa Francisco em diferentes zonas, como o Santo Sepulcro, o Muro das Lamentações ou a Esplanada das Mesquitas.
"Contamos com unidades de apoio em caso de incidentes, embora a polícia não tenha informação específica sobre possíveis ameaças", sublinhou.
A visita de Francisco a Jerusalém, que começa no domingo à tarde e termina na segunda-feira, vai ser uma das etapas mais difíceis para as equipas de segurança israelitas devido aos recentes ataques e ameaças contra propriedades e religiosos cristãos por extremistas judeus.
A polícia israelita entregou na terça-feira várias ordens de restrição a radicais judeus, membros da direita ultra-nacionalista, para impedir qualquer tipo de acção ou provocação durante a estada de Francisco em Jerusalém.
As ordens foram emitidas aparentemente em resposta à campanha lançada por activistas de extrema-direita para impedir que se realizem actos litúrgicos cristãos na sala do Cenáculo, no segundo piso de um complexo do monte Sião, local onde se encontra o túmulo do rei David e Jesus Cristo terá celebrado a última ceia.
A visita do papa reavivou o debate sobre as negociações, que decorrem há duas décadas, entre o Vaticano e Israel sobre o Cenáculo.
O custódio da Terra Santa, padre Pierbattista Pizzaballa, sublinhou que a visita do papa não está relacionada com a possibilidade de um acordo sobre o Cenáculo.
Francisco vai celebrar eucaristia no Cenáculo, tal como João Paulo II durante a visita em 2000.
Em resposta a alguns rabinos ultra-nacionalistas, Pizzaballa insistiu que a Igreja católica "não reclama soberania, autoridade ou propriedade sobre o Cenáculo, apenas quer ter o direito de rezar no local, como qualquer outro credo".
Lusa/SOL