No jantar comício de encerramento da campanha da Aliança Portugal para as eleições europeias de domingo, na Maia, Paulo Portas pediu aos eleitores que não optem por "premiar o infractor" e dêem "o benefício da dúvida" à coligação PSD/CDS-PP que conseguiu "fechar o programa" de assistência económica e financeira.
Dirigindo-se aos independentes indecisos, Paulo Portas alegou que o actual PS "não é mudança, é passado", apontando a presença do anterior primeiro-ministro nesta campanha: "Nós não temos admiração por José Sócrates e temos, com toda a legitimidade, uma factura para lhe apresentar, uma factura de 78 mil milhões de euros, os estrangeiros da 'troika' cá dentro, o nosso querido país avaliado como lixo, o cofre vazio, a austeridade imposta pelos credores".
O presidente do CDS-PP contestou desta forma a "admiração" que o cabeça de lista do PS às eleições europeias, Francisco Assis, disse ter por José Sócrates, na qual sugeriu aos eleitores que meditem: "Pensem no que isto significa".
Ainda sobre a presença do ex-secretário-geral do PS na campanha dos socialistas, comentou: "Verdade seja dita, apareceu igual a ele próprio: ele é um génio e, segundo as suas próprias palavras, quem não pensa como ele é um imbecil. Pois, usando as suas palavras, a mim não me parece nada imbecil um facto importante para o próximo domingo: é que nós não queremos José Sócrates outra vez".
O vice-primeiro-ministro manifestou confiança na decisão dos portugueses: "Não há nenhum português lúcido que se atire para um precipício duas vezes seguidas".
Paulo Portas alegou que as promessas do PS não são para valer, ao contrário da reposição gradual de rendimentos anunciada pelo Governo PSD/CDS-PP.
Na sua intervenção, pediu aos eleitores do PSD e do CDS-PP para não ficarem em casa no domingo, argumentou que votar na Aliança Portugal é dar sentido ao "esforço" dos últimos três anos e impedir que o país "volte a viver dias negros", e desvalorizou as sondagens que colocam o PS à frente.
"Acredito que no próximo domingo o bom senso triunfará", declarou, acrescentando isso consiste em cada português dizer para si mesmo "não vou premiar os que querem voltar atrás, vou dar o benefício da dúvida a quem pode agora abrir perspectivas com os pés assentes na terra e a economia a crescer para um Portugal melhor e para um futuro melhor".
Lusa/SOL