"O nosso encontro fraternal de hoje é um passo novo e necessário para a jornada rumo à unidade da comunhão na diversidade legítima", refere a declaração que foi assinada na presença de representantes de 13 igrejas católicas e ortodoxas, em Jerusalém, um encontro que os analistas dizem ser a principal razão para a visita do papa ao Médio Oriente, que termina na segunda-feira.
A reunião do chefe máximo da Igreja Católica e da mais importante figura da Igreja Ortodoxa Grega marca a histórica reaproximação entre os dois ramos mais antigos do cristianismo, que teve o seu primeiro cisma na Idade Média, dividindo os fiéis entre Constantinopla e Roma.
Há 50 anos, o papa Paulo VI encontrou-se com o patriarca Athenagoras, naquele que foi o primeiro sinal de abrandamento da tensão existente entre as duas igrejas desde o 'Grande Cisma' do século XI.
Na igreja, que assinala o lugar onde Jesus foi sepultado, os dois líderes ajoelharam-se lado a lado numa oração frente à Pedra da Unção, onde Jesus foi colocado depois de ter sido retirado da cruz.
Depois das orações, ambos tiveram de ser ajudados pelos seus auxiliares, dada a idade de ambos: o Papa Francisco tem 77 anos, enquanto Bartolomeu, uma das mais veneradas figuras da Igreja Ortodoxa, tem 74.
A Igreja do Sagrado Sepulcro foi erguida, segundo a tradição católica, no local onde Jesus foi crucificado, enterrado e depois ressuscitou.
Lusa/SOL