Adiado julgamento de homem acusado de atirar cerveja a Alberto João Jardim

O julgamento de um homem acusado de ter atirado um copo com cerveja ao presidente do Governo Regional da Madeira, cujo início estava hoje agendado no Tribunal Judicial de Santa Cruz, foi adiado para 7 de Outubro.

Adiado julgamento de homem acusado de atirar cerveja a Alberto João Jardim

Na origem da decisão do juiz deste processo, Rogério da Silva e Sousa, esteve um requerimento da procuradora Tahamara Thrun Valssasina pedindo o adiamento por "não se encontrarem presentes, nem estarem junto aos autos, as declarações escritas do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, e do secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia, não obstante terem sido notificados para o efeito".

Segundo o Ministério Público (MP) e o juiz, "tais depoimentos revelam-se fundamentais para a descoberta da verdade e para a decisão da causa desde o início da audiência de julgamento".

Neste processo é arguido um motorista, de 44 anos, acusado de um crime de ofensa à integridade física qualificada e outro de injúria agravada.

Os factos reportam-se a um incidente ocorrido a 2 de Setembro de 2012, quando Alberto João Jardim participava na Festa da Uva, um programa promovido pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, no concelho de Machico.

Segundo a acusação do MP, no momento em que Alberto João Jardim "se encaminhava para o local onde iria discursar", o arguido arremessou "um copo de material plástico maleável", contendo cerveja, atingindo o presidente do executivo madeirense, que se constituiu assistente neste processo.

A acusação acrescenta que Jardim "sofreu dores e incómodos", considerando-se ainda "atingido na sua honra e consideração pessoal e profissional".

O MP recusou imputar ao arguido o crime de perturbação do funcionamento de órgão constitucional.

Quanto ouvido pelo MP, de acordo com fonte do Tribunal Judicial de Santa Cruz, o motorista "assumiu que estava embriagado, mas recusou fazer um teste de alcoolemia", tendo alegado que não teve "intenção de magoar" o líder madeirense, mas apenas "molhá-lo" para mostrar a sua "revolta" pela situação em que se encontrava, "desempregado e ter um filho na universidade que precisava sustentar".

Além do julgamento de segunda-feira, está marcada uma segunda sessão na quarta-feira, 28 de Maio.

Lusa/SOL