Alfredo Pérez Rubalcaba retirou as consequências da derrota eleitoral de domingo – o pior resultado de sempre do PSOE –, na qual caiu 15,5% e perdeu nove representantes no Parlamento Europeu em relação a 2009. "Não recuperámos a confiança dos cidadãos. Há quem se lembre que isto (a crise) começou connosco no Governo", reconheceu o ex-ministro do Interior do Governo de Zapatero.
Em pouco tempo apareceram logo quatro nomes para a sucessão. À derrotada no último congresso (por 22 votos) Carme Chacón, perfilam-se também as candidaturas dos deputados Eduardo Madina, Pedro Sánchez e do líder dos socialistas bascos, Patxi López.
Já se previa que as eleições para o Parlamento Europeu trariam um aumento substancial dos partidos eurocépticos e nacionalistas, castigando os partidos do chamado arco do poder. Em Espanha, o Partido Popular (no poder) e o PSOE, juntos, não atingiram metade dos votos expressos.
Apesar de ter perdido 16% de votos e oito deputados em relação a 2009, o partido de Mariano Rajoy conseguiu ganhar as eleições.
Os grandes vencedores da noite foram os pequenos partidos. Oito listas bastante diversificadas obtiveram aproximadamente 40% e elegeram 24 eurodeputados (em 54) – mais do que a totalidade dos eleitos em Portugal.
A maior surpresa ficou em quarto lugar. O movimento Podemos, com três meses de existência, canalizou o voto dos indignados: 7,96% e cinco eleitos que se vão juntar ao grupo do grego Tsipras.