A posição foi transmitida durante a assinatura de um acordo entre o Ministério da Agricultura angolano e a FAO, sobre a contribuição financeira do país para o Fundo Fiduciário de Solidariedade de África para África, que visa erradicar a forme no continente até 2025.
"Estou de antemão seguro que Angola poderá erradicar totalmente a fome e a insegurança alimentar bem antes de 2025", afirmou o representante da FAO em Angola, Mamoudou Diallo.
Suportado pelos países africanos, o Fundo Fiduciário foi lançado em Junho de 2013 tendo recebido donativos da Guiné Equatorial, Angola e de um grupo da sociedade civil da República do Congo, no valor total de 29,3 milhões de euros, indicou a FAO.
Tem como objectivo financiar projectos em países africanos para erradicação da fome e redução da má nutrição e da pobreza.
"Estamos a trabalhar, os camponeses estão a produzir, os empresários estão a produzir, tudo está a ser feito para que possamos dar passos significativos no combate à fome e à pobreza", afirmou, por seu turno, o ministro da Agricultura angolano, Afonso Pedro Canga.
O acordo hoje celebrado entre o Ministério da Agricultura e a FAO confirma a doação angolana de cerca de 7,3 milhões de euros para o fundo.
"Ao contrário de muitos outros países africanos, depois de apenas 12 anos de paz, Angola testemunha assim a sua solidariedade efectiva em prol de África e constitui um exemplo que todo o africano deve exaltar", afirmou Mamoudou Diallo.
A República Centro-Africana, a Etiópia, o Malaui, o Mali, o Níger e o Sudão do Sul foram os primeiros países a beneficiar deste fundo solidário africano, recebendo 1,4 milhões de euros cada um, conforme acordo celebrado a 28 de Março passado, na Tunísia, indicou na ocasião a FAO.
"Na sua qualidade de doador, Angola estará directamente associada à identificação e à implementação destes projectos, que poderão valorizar os quadros nacionais angolanos", sublinhou representante da FAO em Angola.
Segundo o ministro angolano, este acordo entra imediatamente em vigor e os fundos doados pelo país "já podem ser utilizados para a implementação dos projectos, não em Angola mas noutros países africanos".
Lusa/SOL