Eleições europeias

Comecemos com uma lista de tópicos:Federação Russa: que posição tomar face à agressividade Russa – apaziguamento ou retaliação? Que instrumentos usar?

Ucrânia: dado que um Estado unitário parece inviável, quais os limites de uma estrutura federal?
Política de defesa comum: os acontecimentos a leste justificam um maior investimento em defesa ou continuaremos a depender dos EUA?
Emigração: Para fazer face ao reduzido crescimento natural necessita a UE deve abrir à emigração? Qual e de onde?  E as previsíveis reacções xenófobas?
Turquia: será que desistimos da Turquia?
União Bancária: concordamos que é urgente passar do pilar da supervisão para o da resolução e da garantia de depósitos? 
Coordenação das políticas macro: Deveremos criar um sistema  estabilizadores automáticos no orçamento da UE? Estamos dispostos a pagar por ele aumentando o orçamento comum?
Harmonização fiscal: será necessária? Como fazê-la?
Mutualização da dívida: existem questões técnicas e de desenho (por exemplo mutualizar, como alguns à esquerda propõem,  a parcela da dívida acima dos 60% do produto não faz sentido e não é sequer negociável), mas a questão central é de soberania: quanto é que estamos dispostos a conceder?
União política: união bancária, maior orçamento, mutualização poderão ser bons, mas colocam a questão do aprofundamento da união política da Europa. Até onde estaremos dispostos a ir?

E a lista podia continuar. É a lista dos temas NÃO abordados. A lista dos temas sobre os quais não conhecemos as opiniões dos candidatos ao parlamento europeu. Contudo são os temas que moldarão as nossa vidas na próxima década.

PEC IV
Sócrates
Passos Coelho
FMI
Troika
Saída limpa ou suja
Desemprego
TSU dos reformados
IVA da restauração
Eleições presidenciais 
Queda do Governo

[Este artigo de opinião foi originalmente publicado na edição impressa do SOL de 23 de Maio, antes das eleições europeias]