As novas edições, revistas, foram apresentadas hoje à imprensa numa sessão na Casa dos Bicos, sede da Fundação José Saramago. As capas, feitas pelo ateliê silvadesigners, distinguem-se pelos títulos, caligrafados por autores próximos de Saramago: Álvaro Siza Vieira, Armando Baptista-Bastos, Eduardo Lourenço, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Júlio Pomar, Lídia Jorge, Mário de Carvalho e Valter Hugo Mãe.
Recorde-se que, no início do ano, as herdeiras de Saramago (Pilar del Rio e Violante Saramago) decidiram que a obra do Nobel português iria sair da Caminho, a sua editora de sempre, e transitar para a Porto Editora. Na altura, os motivos indicados pelas herdeiras para abandonar a Caminho não foram claros, tendo a Leya apenas dito que editora e herdeiras não tinham chegado a acordo sobre as condições contratuais para continuar a publicar a obra do escritor na chancela.
Hoje, Vasco Teixeira, administrador do Grupo Porto Editora, avançou que “a Porto Editora vai apoiar directamente a Fundação José Saramago para que esta instituição possa continuar a cumprir, nas melhores condições, a sua missão de promover o estudo e a divulgação da obra de José Saramago”. E Manuel Alberto Valente, actual editor do Nobel, garantiu que as herdeiras não vão ganhar nem mais nem menos do que na anterior editora, sendo que a única mudança é o facto de a Porto Editora se comprometer a apoiar a Fundação José Saramago, em contornos que ainda estão por definir.
Na Feira do Livro de Lisboa, que amanhã se inaugura, a Porto Editora terá um pavilhão exclusivo para a obra de Saramago, bem como outro exclusivo para a obra de Fernando Pessoa.