O mal dos bajuladores

É um verdadeiro clássico. A maioria não gosta de estar do lado dos que, supostamente, estão em baixo. Na vida, quantos não mudam de lado da barricada para estarem mais próximos dos vencedores?

Como é natural, sempre que há uma troca de líderes partidários ou o confronto entre duas alas, o momento de contar as espingardas é fundamental. Muito decidem não pelo que pensam que é melhor para o partido ou país, mas sim pelos seus interesses. É assim na política como o é noutras actividades.

Nos próximos capítulos da novela socialista iremos assistir a várias mudanças de posição. Uns porque acham que Costa irá ganhar, outros porque acreditam que Seguro não cederá. É normal que assim seja, mas esperemos que os dois políticos não deixem que os ‘novos’ bajuladores e medíocres que se lhes vão colar à pele tenham um papel muito activo.

Que fiquem na sombra, tudo bem, mas nos próximos tempos vamos ouvir muito boa gente a dizer que sempre foi deste ou daquele porque ele é, seguramente, o melhor. Ou que mudou de costa porque não havia esperança nesse lugar.

Como é sabido, ninguém evolui com bajuladores ou seguidistas. Quem assim pensa caminha em direcção ao abismo e até pode dar o passo em frente que os tais ‘conselheiros’ não se vão opor. Afinal, outro líder tomará o seu lugar.

vitor.rainho@sol.pt