Segundo João Queiroz, director de Negociações da GoBulling “foi uma operação com sucesso. A descida da taxa dos 3,57% do último leilão para os 3,25% de hoje não é despicienda. Os investidores têm vontade de investir em dívida portuguesa mesmo com todas as dúvidas sobre a capacidade do emitente Estado gerar saldos primários para a pagar. No actual ambiente seria difícil conseguir melhor taxa”.
A taxa de juro a que o Estado conseguiu hoje financiar-se só encontra comparação à taxa a que Portugal se financiava muito antes da crise, em 2005, altura em que conseguia no mercado 3,13. “No fim das contas, diria que não deixa de ser surpreendente que o país aumente o seu endividamento e a taxa da dívida desça”, sublinhou o responsável.
No anterior leilão comparável, que ocorreu no final de Abril, Portugal emitiu 750 milhões a uma taxa de juro de 3,5752%.
Depois da chegada da troika a Portugal, o Tesouro realizou uma emissão a dez anos em Maio de 2013, quando emitiu três mil milhões de euros a uma taxa de juro anual de 5,65%.
Já este ano, o IGCP fez um reforço dessa série de obrigações com maturidade até Fevereiro de 2024 e fez uma nova colocação de três mil milhões de euros de dívida, a uma taxa de juro média de 5,112%.